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Porque Parábolas? Essa pergunta foi feita pelos discípulos a Jesus e a resposta foi esclarecedora: porque o povo não compreendia a Mensagem Crística no sentido espiritual.
A Parábola, como alguns creem tenha sido formulada pela primeira vez por Jesus, já fora usada por Ezequiel (17:2) que formulou três Parábolas; e Oséas (12:11).
Portanto, embora, não muito usadas no Velho Testamento, o Senhor Jesus Cristo, pela intimidade que tinha com o Livro Sagrado, percebera que o uso de “histórias”, poderia de um lado, esclarecer o povo e de outro, “ocultar” a sua mensagem. Nem tudo convinha que fosse esclarecido, tanto que muitas Parábolas eram formuladas exclusivamente para os discípulos.
Parábola é um substantivo de origem grega composta de “para-balo” e significa “colocar uma coisa ao lado da outra”, uma “comparação”; um “caso paralelo do citado na ilustração”; “simile”; uma “parábola que numa frase, significa curta relação sob a qual o que é fictício é empregado para representar o que é real”; pode ser, também, uma máxima, como em Lucas 14:7; ou um provérbio como em Lucas 4:23.
Parabolú vem do verbo Paraballu (Para + Ballu) “atirar ao lado de “; “comparar”. O verbo Paraballu quer dizer “atirar” e Para lhe dá a força de “atirar ao lado”.
Hoje, a Parábola é formulada por todos os “oradores”, “pregadores”, “palestrantes” ou “conferencistas”.
As Parábolas de Jesus, são em número de 63; o Evangelista que em maior número os colecionou, foi com 21; São João, com cinco e São Marcos, com quatro. São Mateus, transcrevendo trinta e três segue São Lucas.
As Parábolas referidas por São João, não o foram pelos outros Evangelistas; ao passo que São Mateus, repete as referidas pelos demais.
O estudo das Parábolas importa em grande tarefa; não é fácil interpretar o pensamento do Mestre, mormente porque, dois milênios, praticamente, passaram; mas o tempo não as desatualizou; elas são “vivas” e continuam, muitos delas, plenas de misticismo e mistério.
Nosso trabalho é de estímulo ao estudo; dispomo-nos em apresentar a Filosofia Cristã, com a mesma simplicidade com que o Nazareno formulava as suas Parábolas.
Para os comentaristas dos Evangelhos, certamente, o presente trabalho servirá como norte para as suas mensagens; procuramos destacar o pensamento oculto para colocar essas Parábolas, numa posição que pudessem alcançar o mundo interior do homem.
As colocamos em ordem alfabética, como ordenamento para facilitar a busca; de modo que não há uma cronologia rígida.
Nosso propósito, depois de longa pesquisa e trabalho, foi o de divulgar o Cristianismo, no que ele possui de belo e de compreensível; a parte mais esotérica, ficará na dependência do estudioso; oferecemos, simplesmente, o primeiro passo, porque é ele que forma o caminho.