O Delta Luminoso

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Mais uma incrível Obra Digitalizada, do nosso eterno Rizzardo da Camino, um apanhado sobre a Arte Real.

Descubra, no decorrer das paginas grandes ensinamentos do Mestre DaCamino.

Torna-se, de certo modo, extremamente difícil apresentar ao público maçom, mais um livro meu.

Depois da grata experiência com “Introdução à Maçonaria” e “Cadeia de União”, sinto-me constrangido em solicitar aos, agora meus leitores, mais um grande ato de tolerância: o de verificar o que contém esta modesta obra.

Sempre naquele estilo de fuga à erudição, procurando escrever como se, realmente, estivesse conversando, dediquei o trabalho a um só assunto.

Não se poderá, propriamente dizer que se trata de uma monografia, porque um determinado aspecto da Maçonaria, está sempre, exigindo uma incursão dentro do tema geral.

Assim, “O Delta Luminoso”, cabe perfeitamente, dentro de cada símbolo maçônico.

Procurei, contudo, fixar-me na “triangulação”, ou seja, buscar dentro da “trilogia angular”, outros significados mais puros e mais aprofundados.

O assunto não foi esgotado. Em Maçonaria ninguém poderá esgotar um assunto, porque a cada minuto que passa, a nossa mente concebe novas definições para os mesmos símbolos.

Não somos nós, os humanos, os que possam penetrar na verticalidade da Mente Universal, ou seja, no pensamento de Deus.

Se cada um de nós, tem certa parcela de divindade eu cristicidade, não significa que sejamos deuses em totalidade.

Desde agora, na apresentação do pequeno trabalho, devo esclarecer que, realmente, “Delta Luminoso” e “Delta Sagrado”, são símbolos diferentes, parecendo que possam se entrosar em certa altura.

Escrever para maçons constitui uma tarefa sempre agradável, porque, infelizmente, há poucos autores brasileiros que se dedicam a escrever sobre a Arte Real.

Surgiu mercê o idealismo de um grupo de autores, a “Academia Maçônica de Letras”, que convocou nada menos que 40 pessoas habilitadas para escreverem livros sobre Maçonaria.

Nem todos os “acadêmicos” já publicaram obras, mas todos possuem trabalhos já em fase final, esperando a oportunidade para lançá-los ao mundo maçônico.

Eu tive a satisfação, honra e sorte de ser convidado para fazer parte da Academia, já com “Introdução à Maçonaria” no prelo, e ao mesmo tempo, em que fui empossado, meu modesto livro era distribuído por todo o país.

Por ocasião de minha posse, tive a oportunidade de afirmar que a “Academia Maçônica de Letras”, viria a ser, num futuro próximo, o “cérebro” da Maçonaria Brasileira.

Trata-se de um movimento, mais que trabalho, porque conseguiu aglutinar, escritores pertencentes ao Grande Oriente do Brasil, às Lojas Simbólicas e aos Grandes Orientes Estaduais.

Pela primeira vez, surge um trabalho “para-maçônico” de grande porte, alheio às questões existentes, aos motivos da separação, às lutas por todos conhecidas.

Felizmente, dentro da Academia Maçônica de Letras, não há lugar para polêmicas e discussões. Todos são confrades e o ideal comum, é propiciar ao povo maçônico brasileiro, uma literatura que o possa orientar, instruir e capacitar ao cultivo da denominada “Arte Real”.

A este simples trabalho, outros seguirão, numa constante dinâmica, alimentada pela compreensão de todos os caríssimos irmãos e amigos.

Contudo, não se trata de uma obra restrita aos maçons. O profano pode, muito bem, ler o livro, porque, assim compreenderá, também, parque o “símbolo” tem tamanho destaque dentro da filosofia maçônica.

Eu não sou filósofo, posto escreva sobre o filosofismo maçônico. Já não há muito lugar para se escrever a respeito da história da maçonaria brasileira.

Com as comemorações do Sesquicentenário da Independência do Brasil, a Maçonaria teve muito realce; já não era mais possível, ocultar a obra maçônica do povo e ela, foi honesta e minuciosamente apresentada em todas as oportunidades.

Quase que foi dito tudo sobre a participação da Maçonaria nos movimentos libertários. Faltam, apenas, alguns episódios regionais, coma esmiuçar o movimento dos Farrapos ocorrido no Estado do Rio Grande do Sul e a participação mais atuante dos maçons estrangeiros.

Temos muitos escritores que, certamente, dia mais, dia menos, nos entregarão trabalhos bons. Resta aguardar.

Eu espero certa colaboração de parte dos maçons brasileiros: não tanto à divulgação dos meus livros, mas a crítica construtiva, a sugestão, o pedido de esclarecimento.

O nosso povo maçônico não aprecia muito escrever. Dirija, portanto, a sua crítica dentro de sua Loja, ao seu Venerável Mestre; estou certo, que o assunto não permanecerá “sob malhete”,’ mas que chegará às minhas mãos.

Agradeço aqui de público, a todos os irmãos e amigos que me trouxerem a sua palavra de estímulo.

Coloco-me à disposição de todos, com humildade, recebendo, se necessário, as admoestações.

Eu necessito, como todos, burilar a “pedra bruta”, eis que o Edifício Espiritual da minha personalidade, ainda, não está pronto.

Faço votos que “O Delta Luminoso” possa contribuir positivamente para o fortalecimento e embelezamento das Colunas.

É a minha modesta contribuição em prol do engrandecimento da Maçonaria Brasileira.