Evolução Histórica e a Participação Feminina
A mulher sempre esteve presente de forma simbólica nas cerimônias maçônicas. No entanto, as regras estabelecidas por Anderson em suas “Antigas Obrigações” e “Constituições” excluíam formalmente as mulheres da Ordem Maçônica, uma exclusão que permanece em grande parte até hoje. No entanto, essa exclusão contrasta com a história antiga, como no Egito Antigo, onde mulheres eram representadas com símbolos maçônicos. Também na Alemanha, nas catedrais, vemos figuras femininas ao lado de Salomão, destacando a presença histórica da mulher em contextos maçônicos.
Resistência Feminina e Primeiras Inclusões
Apesar da exclusão formal, algumas mulheres encontraram maneiras de se integrar. A primeira mulher reconhecida como maçom foi Elisabeth Aldworth. Outras, como a condessa Helena Hadick Barkoczy, também conseguiram ingressar em lojas maçônicas na Hungria. Essas mulheres pioneiras desafiaram as normas e abriram caminho para futuras gerações. A criação de associações como a Ordem dos Cavaleiros e das Ninfas da Rosa na França do século XVIII também permitiu a participação feminina em rituais semelhantes aos da maçonaria, embora de forma mais secreta e restrita.
A Formação das Lojas Mistas
No século XVIII, surgiram associações mistas, como a Maçonaria de Adoção, que permitiam a participação de mulheres ao lado de homens. A Duquesa de Bourbon foi a primeira Grão Mestre dessa ordem na França, seguida por outras mulheres de alta linhagem. Apesar do entusiasmo inicial, essas lojas enfrentaram resistências e dificuldades, especialmente durante e após a Revolução Francesa. Contudo, figuras como a Imperatriz Josefina, esposa de Napoleão, apoiaram a continuidade dessas práticas.
A Presença Feminina na Maçonaria Moderna
Nos tempos modernos, a Grande Loja da França permitiu a existência de lojas de adoção que educam mulheres para colaborarem na solução de problemas éticos da humanidade. No Brasil, a Maçonaria de Adoção tem ganhado importância, refletindo a evolução do papel das mulheres na sociedade contemporânea. As lojas mistas oferecem um espaço para que as mulheres possam contribuir de forma significativa e igualitária, desafiando séculos de exclusão e preconceitos.
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“Escrevo pra ti, maçom ativo.
Escrevo pra ti, maçom adormecido.
Escrevo pra ti, maçom sonolento.
Escrevo pra ti, maçom que crê na existência do Grande Arquiteto do Universo.
Escrevo pra ti, maçom cristão.
Escrevo pra ti, profano de alma maçônica.
Escrevo pra ti, homem sem esperanças!” DaCamino